Jun Hashimoto

14-04-2018

por Paulo Costa / Veteran Skater  fotos Arquivo Pessoal Jun Hashimoto / Legendas das fotos por Jun

 

Entrevista Jun Hashimoto

 

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Idade: 57

Tempo de Skate: 42 (on and off)

Profissão : Product Development/ Designing

 

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Front side air em “Noble Park”, Melbourne, Austrália

 

Pergunta clássica: Como começou seu envolvimento com o skate?

Foi no início dos Anos 1970, quando o Brasil conquistou o tri campeonato de futebol. Na época eu tive a oportunidade de ir para o litoral com amigos da família e ter o meu primeiro contato com o Surf.  A vontade de surfar era grande, mas morando em São Paulo eu dependeria da boa vontade das pessoas de me levarem para praia, o que não ocorria com frequência. Em 1974, um amigo vizinho da minha casa ganhou de presente um Skate Torlay. A sensação de liberdade ao deslizar no asfalto naquele carrinho e a possibilidade de realizar curvas, para mim eram as mesmas de deslizar as ondas, como no Surf.

Quando esse amigo aparecia, eu pegava o Skate emprestado e então acabamos brigando, pois eu não devolvia o skate. O Torlay tinha rodas pretas e um shape “ovalado”.

Por não ter mais o skate Torlay dele disponível, decidi ter o meu próprio, desmontando os Patins da minha Irmã e pregando as bases (trucks e rodas) deles em uma tábua cortada a mão. Não era bom como o Torlay, mas andava e fazia curvas… Não durou muito até que um dia fui ao “Museu do Ipiranga”,  onde já havia uma cena de skate bem grande na época. Foi lá que pela primeira vez coloquei o pé em um skate com rodas de Uretano… Era um skate Hang Ten de fibra de vidro, com trucks Chicago e rodas Hang Ten com bilhas… A sensação era de estar andando nas nuvens!

 

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“A rampa da rua Japão, como era conhecida, ficava em um terreno baldio no Itaim. Foi construída pelos skatistas locais com material roubado de construções próximas e apresentava todas as características de uma rampa caseira da época: a transição era irregular, os madeirites que cobriam a rampa tinham buracos e eram pregados à estrutura, que era feita de caibro, estreita, sem plataforma. Enfim, perfeita aos meus olhos…”

 

De onde e como chegava a inspiração pro skateboard?

No Início era o Surf… Era como surfar no asfalto plano ou nas ladeiras, no melhor estilo Havaiano! Colar de conchinha e sandália nas mãos, muito estilo, e isso já exigia um bom nível técnico! As primeiras revistas de skate que foram as fontes inspiradoras. A Skateboarder Magazine sem dúvida trazia as melhores fotos. O engraçado e o mais legal era que na nossa visão, em todas as fotos das revistas, a manobra era completada, então nós imitávamos as posições e tentávamos completar as manobras… Hoje sabemos que muitas das fotos são somente momentos, mas isso, acredito, fez com que o nosso nível técnico evoluísse. Essa é uma afirmação que não podemos confirmar porque não existia quase nenhum filme na época. Teve um filme, que se não me engano, foi intitulado “Os Reis Do Skate”, exibido em circuito nos cinemas, e vimos que lá o pessoal, sim, errava também!

 

Quando o skate começou a ser levado mais a sério por você?

Eu andava bastante no Ibirapuera e ocasionalmente no Museu do Ipiranga. No Ibira a gente andava na ladeirinha e na marquise. Foi onde surgiram os primeiros kickflips e as manobras de freestyle, como Nose wheelie, Tail wheelie, high jump, 360, Hand Stand (bananeira), footwork… Já no Museu, era um Down Hill vindo lá de cima e descendo reto na vêlo!

Também estávamos sempre em busca de transições, saída de garagens, estacionamento de supermercados… Andávamos pelas ruas esburacadas de São Paulo dos bairros mais afastados até as ruas bem cuidadas dos Jardins e da Zona Sul… Foram poucas as vezes que eu tinha ido a Rua do Lazer no Morumbi, e me lembro que o pessoal lá era bem radical, para não dizer malucos! Já no Sumaré, existia uma cena bem mais desenvolvida, devido a geografia local, os locais contavam com muitas opções e um asfalto liso e de qualidade. As manobras eram executadas em velocidade! Era difícil colocar o Skate como um esporte com práticas para melhorar a técnica, pois era tudo muito novo, tudo era baseado em fotos de revistas, e os vídeos ainda não existiam… Até que veio o surgimento das pistas de Skate! Com a construção da Wave Park em São Paulo, foi quando eu comecei a treinar e aprender a andar em transições e desenvolver as técnicas em Aéreos, Grinds, Slides… Andar de verdade em andar no Skate Vertical.

 

Quando veio o primeiro patrocínio?

Em 1977. Em fim, éramos patrocinados! Equipe Gledson/Coca Cola/Wave Park… E eu tinha um Shape Pro da Prisma.  Sim, o patrocínio não era aquelas coisas. Um salário mínimo mais roupas e equipamentos nacionais. Nós andávamos de skate porque era “demais” andar… Um sentimento que ainda temos ate hoje!

 

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Pista de Jacarepaguá, provavelmente em 1977, em uma viagem com o pessoal da Wave Park. A pista de Jacarepaguá era uma frigideira gigante… Um flat com as bordas em forma de transição de um cimento incrivelmente áspero… Sentado observando, o Luis “Come Rato”, lendário skater do Rio, e atrás, de pé, o Charlez Putz, o idealizador da Wave Park de São Paulo, e o Pedrão, com a mão na cintura, inseparável amigo das sessões de skate nessa época… Detalhe da camiseta pintada à mão!

 

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Wave Park 1977 Front side air no Bowlzinho. Esta era a minha parte preferida da pista da Wave. Foi no bolwzinho que aprendi a dar os primeiros aéreos, primeiro de back side e depois os de front… Ele não estava no projeto original da pista, mas a necessidade de ter uma opção melhor para o nosso treino fez com que Charles construísse o bowl com coping e ladrilho, que estavam em alta na época, encravado entre o bowl triangular e o bowlzão.

 

Quais eram os parceiros de sessão e quais deles continuaram andando de skate e chegaram as competições e a ter patrocínio?

No Início quando andávamos na rua e fazíamos freestyle no Ibirapuera eu andava muito com o Pedrão, Japinha, Neguinho… Nomes como Kao Tai e Tchap Tchura já eram bem falados, assim como, Maçarico, Gustavo Sumaré e Kale do Ipiranga. Felizmente eu tive a oportunidade de conhecer todos estes ídolos pessoalmente quando as atenções do Skate Paulista ficaram voltadas em um foco central na avenida Santo Amaro; A pista da WAVE PARK.

A Wave Park foi a minha segunda casa! Foi quando quase repeti de ano na escola… Lá, tive a chance de conhecer os amigos que tenho até hoje… As sessions na Wave eram eletrizantes (bem, isso pelo menos para min), onde cada um empurrava aos limites cada manobra… Eram poucos os que andavam no Bowlsão (como era chamado o Bowl maior no final da pista) e quando cheguei lá pela primeira vez já havia uma galera que andava muito. Marcos, Zecão, Maçarico, Peninha, Edu Helu… Cassio Leitão, Kao Tai, Tchap, Gustavo… A maioria deles eram Surfistas que moravam em São Paulo!

Foi a Wave Park que me trouxe uma identidade como Skateboarder, e criou um “Bond” entre os seus frequentadores que existe ate hoje. Através de seu Idealizador “Charles Putz” que também criou a equipe Wave Boys e com o patrocínio da marca de roupas Gledson e da Coca Cola, formamos uma família que veio a disputar vários campeonatos. Eu, Luís Roberto “Formiga”, Bruno Brown (R.I.P.), Ralph Alemão (R.I.P.) e Jofa “Nenê Rotor”, fazemos parte daquela equipe. A equipe também teve os alternates; Marcos “Lumbra”, Sergio Ueta, Rogerinho Ipiranga (R.I.P.), entre outros. Apesar de existir uma rivalidade entre nós, sempre existiu um grande respeito e uma grande amizade que preservamos ate hoje.

Com a destruição da Wave Park, as “crias” que vieram depois como o Álvaro “Por quê?”, Ari “Harry” Jumonji e alguns outros, levaram o Skate para os anos 1980 e de volta para as suas origens; as Ruas! As poucas pistas existentes ficavam longe de São Paulo e o Skate Paulista voltou a ser Underground.

 

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“Tail Block” na Rampa no ITAGUARÁ Country Club em Guaratinguetá por volta de 1978. Antes da pista ser construída, a equipe da Wave Park foi ate lá fazer uma demo. Quem está sentado na rampa provavelmente é o “Junior” , local de Guará.

 

Com o fim da Wave Park, como você continuou andando e evoluindo no skate?

Eu voltei a andar nas ruas descendo ladeira no bairro Saúde onde eu morava, mas não era como andar em transições. Nessa época, descobrimos alguns lugares públicos que tinham uma espécie de transição como a Praça Roosevelt, as estações de metrô Vergueiro e São Joaquim, o Espelho d’Água na Alameda Santos e a entrada de um edifício na Avenida Paulista (não lembro o nome)… Era o puro skate de rua! Os equipamentos de proteção eram destruídos, o terreno era sujo e áspero, as transições eram imperfeitas e ainda por cima você tinha que fugir dos seguranças e da polícia. As poucas pistas que restaram ficavam um pouco longe, São Bernardo, Osasco (Polato)… Guaratinguetá, a pista na casa do Bigo (James Bigo), o Half do Mureta… Foi uma época difícil para o Skate como nós conhecíamos, mas foi o combustível para o que estava por vir com a nova geração, foi a ressurreição do skate  pela suas raízes; O Street Skate.

Depois de alguns anos parado sem andar de skate, fui fazer uma visita ao Bruno Brown, que morava então na Califórnia. Ele me levou para a famosa pista de “Upland Pipeline” onde nos encontramos o “Christian Hosoi” que estava com alguns protótipos do seu shape “HAMMERHEAD”. O Bruno já conhecia o Christian e como ele tinha alguns shapes extras me jogou um na mão… fui em seguida na loja e montei o meu skate. Não foi difícil me adaptar ao novo carrinho, e assim voltei novamente a andar de skate.

 

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“Esta foto foi feita no estacionamento da pista de “Pipeline” em Upland, na Califórnia, com o Christian Hosoi saltando do carro e o seu pai Ivan na pilota. O Hosoi estava testando os primeiros “Hammerheads” que ele havia desenhado e tive o privilégio de ter um dos primeiros protótipos, graças à sua amizade com o Bruno, que morava na Califórnia. Foi o grande incentivo para o meu retorno ao Skate”

 

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“Em 1978 a Skateboarder Magazine trazia um artigo sobre os tubos gigantes no deserto da Califórnia. Inspirado pela descoberta, o Charles pegou a equipe da Wave Park e saímos a busca de tubos na terra tupiniquim. Partimos então para Cubatão, centro petroquímico industrial na Baixada Santista, onde teríamos as melhores chances de encontrar os tubos, grande o suficiente para andarmos de skate. Sem dúvida estes foram os primeiros tubos skateados no Brazil, pela surpresa nos olhares dos trabalhadores locais e a alegria estampada no sorriso do Bruno Brown (RIP), que também arrepiou neste dia”

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“Nesse mesmo ano, 1978, as nossas buscas pelos tubos gigantes continuava e num momento de sorte achamos este tubo metálico em uma carreta estacionada em uma rodovia. Ele tinha por volta de 5 metros de diâmetro e para a nossa alegria conseguimos andar por algumas horas antes de ele sair para o seu destino”

 

Você chegou a ir aos EUA ou a outro país no período de skatista profissional (ou semi-pro)?

Infelizmente não tive essa oportunidade. A DM, que produzia skates na época 1978/1979, havia arrumado um patrocínio com a Pepsi Cola e levou uma equipe pra ir competir lá. Eu até havia sido sondado, mas por alguma política não fui incluído e como não tinha o dinheiro para as passagens para os EUA acabei ficando. O Formiga e o Nenê Rotor (Jofa) foram lá com a DM. Foi quando eles voltaram que o skate deu um enorme passo na evolução… Como o Formiga era “skatista de pista”, ele competiu com Profissionais como o Alan “Ollie” Gelfand, que introduziu o Ollie Air e revolucionou o skate. Para nós, dar aéreo sem segurar o skate, até então, era impossível! Foi o Formiga o primeiro a dar Ollies no Brasil.

 

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“Com o fechamento da Wave Park no final dos anos 70, o skate de pista havia migrado para São Bernardo, com a abertura da pista Wave Cat . O bowl principal era em formato de um “Kidney” com “cannion”, azulejo e coping, grande o suficiente para permitir todos os tipos de manobras. Neste dia estávamos fazendo fotos para a revista Visual Esportivo com os fotógrafos Alberto de Abreu Sodre (Cação), em pé, e Klaus Miteldorf, que fez este click.”

 

 

Quais seus skatistas preferidos de ontem e de hoje?

Foram muitos. Mas vou tentar condensar a lista por ordem cronológica…

Gringos: Tom Inouye, Doug Saladino,Tony Alva, Jay Adams, Stacy Peralta , Steve Olson, Steve e Mike Alba, Chris Miller, Eddie Elgatto Elguera, Christian Hosoi, Jay Smith , Tony Hawk, Mike McGill, Tony Magnusson,  Steve Caballero, Lance Mountain… A lista vai longe! Atualmente; Bucky Lasek, Chris Russel, Greyson Fletcher, Tom Schaar… A evolução continua…

Brasileiros: Kao Tai, Ricardo “Tchap” Muniz, Flavio Badenes, Luís Roberto “Formiga”, Bruno Brown, Ari Jumonji, Mauro Mureta, Álvaro “Porque”, Maguila, Fernandinho Batman, Wilson Salada, Pepeu, James Bigo, Lincoln Ueda, Bob Burnquist, Carlos de Andrade (Piolho), Rodrigo TX, Luan de Oliveira, Murilo Peres, Pedro Barros, Luizinho Francisco… A evolução não para!

 

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“Back side air no Campeonato Brasileiro de Guaratinguetá, no Clube Itaguara (patrocínio da Stanley) usando o primeiro Hammerhead Hosoi a aparecer por estas terras. Quando eu voltei da Califórnia com o shape Hammerhead, muitos skatistas achavam estranho e alguns até tiravam uma onda pelo formato de seu “nose” e do tail. Sendo um protótipo, ninguém imaginava as suas origens. Pouco depois o shape “Hosoi Hammerhead” se tornou referência do skate vertical e street”

 

Você vê diferenças entre o skate e os skatistas de hoje e do passado?

O esporte evoluiu muito, mas a essência continua a mesma! São quatro rodas, dois trucks e um shape… Hoje os materiais são bem mais acessíveis, o que facilita a rápida evolução de quem quer andar de skate. O skate deixou de ser marginalizado e o Skatista, apesar do esporte ter evoluído, continua o mesmo em sua atitude e comportamento. Porém, acredito que uma grande mudança está por vir com a inclusão do esporte nos jogos olímpicos. Espero que os interesses das grandes empresas não corrompam o Skateboard na sua essência de expressão individual, de estilo, agressividade, senso de irmandade e unidade.

 

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“Em 1979 fomos para o Rio Grande do Sul competir no Campeonato Brasileiro na pista da Swell. Apos o evento fomos convidados para a inauguração de um bowl na casa do Ramon, na cidade de Novo Hamburgo. Recém-construído, em formato de “Key Hole” com coping e ladrilho, e uma transição de 2,5m, era uma pista perfeita. Porém, como o concreto do coping ainda estava fresco, a cada “grind” tirávamos um pedaço no perfeito estilo skate and destroy”

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Front side air em St Kilda Skatepark, Melbourne, Austrália.

 

Conte um pouco mais da Stanley, pois foi uma importante marca que contribuiu muito pro Skate e Surf…

Legal você ter lembrado sobre a Stanley.  Foi uma época que me marcou bastante, pois éramos jovens e despreocupados e a Stanley deu para nós uma oportunidade de dar suporte a comunidade do Skate e do Surf, as quais amamos tanto.

Com a criação da marca Stanley em 1982 eu tive a oportunidade de apoiar o Skate novamente e resgatar o seu valor apoiando um número de Skatistas veteranos e da nova geração, à época. A marca teve sua fase mais legal no final daqueles anos. Nos anos 1990, quando o Plano Collor derrubou a inflação, quase derrubou a Stanley. Foi então quando eu decidi tentar a minha vida fora do Brasil e parti para a Austrália, onde moro hoje.

Nós tínhamos uma equipe de Skate e Surf na época e também alguns skatistas que dávamos apoio. Os Skateboarders da marca eram; Álvaro Por quê?, Wilson Salada, os Gêmeos Oscar e Osmar (Lattuca) do Rio, Fernandinho Batman, Beto or Die, Marcelo Cabralha, Luisinho de Moema e Luís Neguinho de Santos. Apoiávamos também Cesinha Chaves, Daniel Bourqui, Mauro Mureta e James Bigo, entre outros. No Surf patrocinamos Zecão de Ubatuba e o Taiu Bueno (no Início) e tivemos também uma equipe com a nova geração da época, como o Joca Junior, Zé Paulo, Alemão de Santos, Costinha de Ubatuba, Cauã (RIP) de Maceió e o Eduardo Fernandes (Rato) de Recife… Realmente era uma equipe de ponta!

 

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O Potiguar Joca Jr., é único surfista campeão brasileiro Amador, Profissional e Master.

 

Você chegou a se afastar do Skate, parar de andar?

Sim, parei de andar muitas vezes e voltar muitas vezes! Por muitas razões, mas a principal delas foi que não haviam mais lugares com transições perfeitas para se andar. Hoje em qualquer lugar você encontra uma transição e um cooping para detonar… É como se o sonho se tornasse realidade! No início nós ficávamos vislumbrando lugares para andar de skate. Era como aqueles desenhos que fazíamos durante aquela aula chata de matemática no caderno daquela onda perfeita.  As pistas hoje são uma realidade e será difícil parar de andar de skate!

 

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Companhia constante nas minhas viagens, o Skateboard nos traz muitas alegrias e muitos machucados. Rio Vermelho – Florianópolis/SC

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“Família skateboarding no Tour da WaveBoys em 2009. Somente o Bruno (R.I.P.) para reunir esse time… Deixou muita saudades para o skateboarding brasileiro. Em pé: Yndio, Indião, Yuppie, Mad, Jun, Bigo, Mureta, Sentados: Mauricio Chileno, Daniel Kim, Marcelo Kosake, Bruno Brown, Charles Putz, Chiquinho e Álvaro Por Quê?”

 

Em que área você foi trabalhar quando saiu do Brasil?

Em 1993 fui convidado pra trabalhar na empresa de surf Rip Curl como designer das roupas (a Rip Curl e sediada em Torquay, na Austrália). Hoje sou consultor e agente de moda esporte e produtos de moda esporte.

Fabricamos produtos técnicos, roupas e acessórios para empresas que necessitam de produtos de qualidade para o mercado mundial, e focado no Brasil.

 

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Front side grind no OSSJ em Guaratinguetá, 2017, com foto de Petronio Vilela

 

Skate nas olimpíadas. O que você acha?

Eu acho um avanço positivo para o esporte, isto se você considerar o Skate um esporte. Enquanto o Skate estiver nas mãos dos Skateboarders eu acredito que a essência será mantida e a olimpíada terá que se adaptar ao Skate e não o inverso. A evolução é inevitável e o lado positivo é que o Skate vai se popularizar cada vez mais… Ou isso será negativo? Somente o tempo para nos dizer.

 

Como anda o Skateboard na sua vida hoje?

Você pode tirar o skate de um skatista, mas nunca irá tirar o skatista do skate. Ando quando posso e tenho chance de ir na pista ou rampa, onde ando mais em transições. Como falou o Lance Mountain; “Andar de Skate não faz de você um Skatista. Não conseguir parar de andar de skate faz de você um Skatista!”.

 

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Front side na pista de Coff’s Harbour, NSW, Australia

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Front side air, OSSJ Guaratinguetá 2017

 

Por último, uma coisa que sempre eu quis saber; como foi feita aquela foto dando um aéreo (F/S Air) “lendo” uma Visual Esportivo?

Foi uma foto do Alberto de Abreu Sodré “Cação” na Wave Cat em São Bernardo do Campo/SP, num Half Pipe que tinha lá… Pra revista permanecer aberta havíamos colado dois grabbers, e no momento do aéreo eu segurava a revista. Como naquela época não existiam fotos digitais, (eram filmes de Cromo) não tinha muita margem de erro e o click tinha que ser no momento correto! Foi uma surpresa quando vi a foto impressa na revista Visual Esportivo, pois perecia que eu realmente estava concentrado lendo a revista!

 

 

 

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