Rodrigo Maluf
por Veteran Skater
Rodrigo Maluf foi um dos destaques do Skate amador nordestino do final dos anos 1980 e início dos 1990. Além do excelente nível de Skate, Rodrigo também contribuiu para a cena do Maranhão com a Skate Mania Skate Shop. Mais de 30 anos depois, o hoje empresário do ramo imobiliário continua com o Skate no pé e nós fomos saber mais sobre mais essa lenda viva do Skate nordestino.
Nome Rodrigo Rocha Maluf
Idade 45
Profissão Empresário Do Ramo Imobiliário, Formado Em Ciências Econômicas
Natural de Ludovicense, São Luís – Maranhão
Primeiro Skate Sk8 Bandeirantes
Skate Atual…
Possuo uma pequena coleção com modelos variados…
Street: Truck Thunder, Roda Bones, Shape DGK, Rolamento Spitfire
Skate For Fun: Truck Crail, Roda Type S Hossoi, Grabber Bones, Shape, Rolamento Red bonés
Skate Freestayle: Truck Tracker, Shape Lifestyle Folhinha, Roda Bones
Skte Old School: Truck Thunder, Roda Rat Bones, Rolamento Bones, Shape Blunt
Skte Cruiser: Truck Velox, Rodas e Rolamento Abec 7, Shape Cuche
Como foi o início no skate?
A descoberta foi muito libertadora, pois já tinha experimentado várias modalidades de esportes então no skate eu me encachei perfeitamente na época por ser mais livre e ser um esporte individual, não existia regras tão rígidas e você praticava escutando um som e a própria competição era com trilha sonora. Existia, por outro lado, muita repressão e muita dificuldade para conseguir material, vídeos e revistas. Puck’s not dead!
Quem eram os parceiros de sessão?
Anos 80 e 90 – Mauro (Burguês), Sandro Sibalde, Fabiano (Altaniro), Edvaldo (Lobinho), Paulo Renato, Junior Wagner, Aroldo Café, Clenio, Eduardo (Topeira), Clovinho, Marcone (Esquimó), Pelezinho, Bauer, Fabio (The Best), Marcio Sibalde, Marcus (Cus), Orismar Encrenca, Jonas Piris, Wagner (Rói Coco), Adalberto (Playmobil) e Weld Encarnação.
Anos 2000 – Fabio (Dentinho), Alex (Simbad), Ricardo (Mucura), Alessandro (Baculejo), Fernando (Beramar), Lourrant, Romulo (Mahay).
O sobrenome Maluf tem alguma ligação com o político paulista?
Sim.
Quais Skatistas que te espiraram (gringos e brasileiros) e/ou influenciaram o seu Skate?.
Gringos – No Vertical; Hosoi, Hawlk, Lance, Cabalero. No Street Natas; Mark Gonzales, Ray Barbee, Matt Hensley.
Brasileiros – No Vertical: Mureta, Dinho, Junai, Sérgio Negão, Ueda. No Street; Thron, Fernadinho Batman, Rui Muleque, Beto or Die, Claudio Secco.
Skatistas do Norte /Nordeste da sua geração que você admirava?
Charles Reginaldo, Gato, Guabira, Jessé Monstro, Ilzeli Confessor, Batman (Belém), Marco (Robô) e Tubarão.
Sua visão sobre as competições e como foi a entrada nas competições?
No início foi coisa de teste né! Sem pretensões, depois meu pai (Abdala) começou a entrar como patrocínio com uma loja (Skate Mania), então começou a ficar mais sério, mas sempre tive uma vantagem de ter um sangue frio nas competições… Ficava tranquilo e deixava rolar.
Acho que as competições tem uma parte muito importante no esporte principalmente no lado empresarial, mídia e de incentivo para novos skatistas.
Chegou a competir em outras regiões fora Norte/Nordete?
Sim
Quais tipos de manobras que você mais gosta?
Gosto de manobras de bordas de transições e no Street gosto de manobras de corrimão ou de cano no chão
Estilo de skate; técnico o rasgador?
Rasgador
Que acha do skate nas olimpíadas? Acha que vai contribuir positivamente para o Skate?
Essa pergunta é difícil! A origem do skate não é essa, porém acho que passei por tantas modificações no Skate que acho que não posso fazer essa analise antes de ver como vai ficar depois das olimpíadas, se realmente o esporte vai colher bons frutos.
Você acha que a nossa geração e as anteriores via o Skate com mais amor ou isso é uma falácia, um exagero?
Tenho certeza que era sim a verdadeira essência do skate na veia a nossa geração, mas tenho algumas ressalvas de skatistas atuais da minha cidade que são a verdadeira essência também no contexto atual. É claro que eles, de fato, são muito importantes na minha vida como troca pessoal como de Tricks!
Como anda o skate no seu estado? Você acompanha?
Estou andando pouco por causa de algumas complicações físicas (cirurgias e alguns tratamentos), mas estou de volta agora e de vez em quando me envolvo em ajudar as associações nos campeonatos, alguns projetos…
Você tem ou teve alguma ligação parte organizacional do skate?
Já fiz parte da Federação Maranhense de Skate como vice-presidente
A nossa geração e as anteriores tinha muita dificuldade com informação, produção de imagens… Somos de uma época que só através das revistas tínhamos acesso aos grandes Skastistas e hoje vivemos um mundo sem fronteiras, praticamente. Como você vê isso?
Acho isso maravilhoso hoje em dia, na minha época pra gente ver umas manobras novas era um sofrimento, (rsrsrs)… Conseguia umas fitas DE vídeo cacete pra ver com os amigos e sugar as manobras. As peças para chegar na minha cidade era muito difícil!
Já quebrei um shape na primeira semana e tive que botar com rebite duas placas de ferro para continuar andando até poder comprar outro (rsrsrsr).
Qual sua relação com redes sociais, grupos, etc…
Acho que é bom sim, gosto muito, mas fico mais na minha no meu perfil pessoal.
Você falou sobre repressão… Seus pais te apoiaram no início?
A repressão nas ruas na época dependia do pico que a gente andava, mas normalmente no começo eu andava na rua de trás de casa em uma rampa que a galera fez, então era tranquilo.
Meus pais no começo pensavam que era só brincadeira, mas depois foi ficando sério e tive um apoio forte do meu pai que acreditou e chegou até a abrir uma loja chamada Skate Mania que por mérito do governo de Color de Melo teve que fechar.
Você teve patrocínios de marcas de skate daquele período? Quais?
Sim! Alva, Urgh!, Aerial e Flywalk
Você chegou a participar de competições em quais estados?
As competições me deram oportunidade de conhecer lindas cidades como; Natal, Fortaleza e São Paulo.
Você foi um skatista de destaque no Nordeste, com um excelente nível. Você acha que daria pra competir com os skatistas do sul/sudeste naquela época?
Sim, claro, inclusive durante uma sessão com Beto Or Die e Wilson Ito o Luiz Calado (fotógrafo e editor) da extinta revista Skat’in’ mencionou que o meu nível era bom pra competir a nível nacional.
Qual o seu estilo musical preferido?
Rock n’Roll, RAP e Reggae.
Quais skatistas da sua geração, no seu estado, ainda andam de Skate?
Sim, Sandro Sibalde e Mauro Burguês.
Você acompanha o skate atual com relação a competições, novos produtos, tendências…
Sim e sempre que possível prestígio os eventos. O último que fui foi o Campeonato Mundial SLS 2019 – Street League Skateboarding – Anhembi – São Paulo
Você é casado? Tem filhos? (eles tem ligação com skate?)
Sou divorciado, fui abençoado com os trigêmeos Gabriel, Yasmim e Guilherme. Por enquanto quem já se abraçou com o skate foi o Gabriel e a Yasmim. O Guilherme por enquanto está preferindo os patins.
O skatista tem uma visão diferente da arquitetura da cidade. Como atuante do ramo imobiliário você vê muitos picos de skate no dia a dia do seu trabalho?
Sim, o tempo todo. Às vezes entro em um imóvel que tem um corrimão já imagino as manobras que poderia fazer.
Você já andou de skate em outros países?
Sim, na praia de Barceloneta na Espanha.
Deixe uma mensagem pra quem está começando no skate e também pros veteranos…
Aos que chegaram agora sejam bem vindos! Aos que já andam há muitos anos, não nos abandone, afinal, vocês ainda tem muito pra aprender e ensinar. Os iniciantes sempre precisam de um conselho de uma brodagem Old School, pois skate é muito mais que um esporte, é uma família, uma irmandade onde toda vitória individual é celebrada coletivamente.
Quero parabenizar também as Skatistas, parabéns para essas meninas, pois apesar de entrarem no circuito já um pouco depois elas praticamente passaram por toda descriminação, repressão e preconceito que também passamos devido ao esporte. Para vocês meninas que estão começando e que estão nessa luta, jamais desistam dos seus sonhos!
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