Perfil: Henrique Falcon

23-04-2014

Fotos: Ney Brito &Arquivo Pessoal
De volta com todo gás!

Henrique Thomaz Soares Neto, o Falcon, nascido em João Pessoa/PB ( onde vive até hoje) no dia 28 de Maio de 1974, começou a andar de skate por volta de 1986/87 com um skate, segundo ele “muito precário”, pois era um Pro Life tubarão. O skatista pessoense (que herdou o apelido do famoso boneco Falcon devido a semelhança com o mesmo) fruto da geração dos anos 1980 e que era um dos que sempre estavam nas sessions e campeonatos nordestinos daquela época é que nos conta como foi seu início, evolução, afastamento e retorno ao skateboard.

“No início, como aquele skate não servia para nada deixei ele de lado e montei um skate de Freestyle com peças usadas que eu ganhava da galera, pois, como era uma coisa que quase ninguém queria, ficava mais fácil de montar um skate melhor e nessa época assistindo vídeos de Rodney Mullen e o programa Realce nos sábados que comecei a evoluir em algumas manobras, pois me dedicava bastante e foi quando tive a oportunidade de comprar um skate para street e dei continuidade ao esporte nessa modalidade onde o Freestyle me deu muita base. Depois de um tempo comecei andar em transições na casa de Kiko (Eric Guedes, veterano do skate paraibano). Lá  foi meu primeiro contato com um Half que também tinha toda aquela atmosfera skate/rock  que me seduziu de cara! Fiquei maravilhado com as possibilidades que o skate podia me proporcionar em termos de emoção, adrenalina e boas amizades. Por volta de 1989 foi inaugurado o Half Pipe do Espaço Cultural com uma excelente estrutura que maravilhava todos que iam por lá. Nessa época eu  ainda fazia o Freestyle e durante a inauguração, onde estavam os Pros Tio liba, Luciano Kid e Roberto Ho Ho e vários skatistas nordestinos detonando, eu decidi aprender aquilo, o que não foi fácil. Ficava horas por dia me dedicando, muitas contusões e escoriações, mas consegui desenvolver alguma coisa. Competi vários campeonatos em todas as modalidaes que pratiquei e fico muito feliz e satisfeito em ter vivido tudo isso. Em 1997 decidi fazer o curso e educação física e procurar algo que me sustentasse financeiramente, foi então que me afastei do skate, tive uma dedicação maior àquilo que hoje é meu ganha pão. Neste ínterim, às vezes andava de skate e sempre tentava ficar atualizado do mundo do nosso esporte. Em 2009 decidi voltar a andar de skate, mas ainda estava de forma esporádica e continuou assim até 2013 onde voltei de verdade e ai organizei meus  horários de treino (sessions), comecei a focar meus treinamentos físicos para melhor condicionamento das manobras e de um ano pra cá venho evoluindo e me divertindo no esporte e estou extremamente feliz com essa volta! Poder desfrutar isso com amigos de longa data, pessoas que me inspiraram e motivaram a andar de skate, como Ney e Kiko, sem contar com toda vibe dos SkateMastersJPA  Paulo Magno, Bode, Yahoo, Foca, Fernando, Thiago Ramalho, Flavio Boy, Jason e os garotos de Cabedelo como  o Heitor e o Paulo. Outra coisa boa é também é rever os brothers de Natal, Salvador, Fortaleza, Recife, Sergipe…  Mesmo que em alguns casos só pela internet, fico muito feliz que estamos na mesma pegada. Tenho fé de um dia conseguir reunir todos em um grande evento.  SKATE SEMPRE!!!”

Nose Grind Tail Grab lá nos 80. Half do Espaço Cultural

A prova do Freestyle

F/S Thransfer no clude ASSEN em Natal por volta de 1992

Esq. p/ Dir.: Falcon, Ney Brito, Eric Guedes Kiko e Allyson Ossada

Mellon to Fakie na Mini dos Bancários

Dar um Grind ai faz diferença. Lendária Pista Podre no Parque Solon de Lucena, João Pessoa

Front Side Air no Skate Plaza Manaíra

Boneless no Bancários

Front Side Mellon

B/S Air no Espaço Cultural (RIP)

90’s Mellon

Mellon to Fakie. Espaço

Indy Nose Bone. Half do Espaço

F/S Grind Tail Grab no túnel do tempo


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